FHC lamenta “uso político de uma questão pessoal”
Fernando Henrique Cardoso diz que nunca utilizou qualquer empresa, exceto bancos, para fazer remessas de recursos a pessoas no exterior. Lamentou o “uso político de uma questão pessoal” no episódio envolvendo Mirian Dutra, com quem teve um relacionamento extraconjugal nos anos 1980 e 1990.
Mirian, mãe de Tomás, segundo ela filho de FHC, acusa o ex-presidente de ter usado uma empresa, a Brasif Exportação e Importação, que foi concessionária até 2006 das lojas duty free em aeroportos brasileiros, para enviar dinheiro a ela entre 2002 e 2006.
Ela nunca deu expediente lá e nem na Globo, onde era, teoricamente, correspondente em Lisboa e Madri.
“Todas as remessas internacionais que realizou obedeceram estritamente à lei, foram feitas a partir de contas bancárias declaradas e com recursos próprios resultantes de seu trabalho. Não tem fundamento, portanto, qualquer ilação de ilegalidade. O presidente lamenta o uso político de uma questão pessoal”, afirmou FHC em nota.
Políticos próximos a Fernando Henrique Cardoso afirmam que Fernando Lemos, dono da firma de comunicação Polimidia, era seu amigo. Mirian Dutra diz que os detalhes do pagamento foram acertados por Lemos, casado com sua irmã, funcionária fantasma de José Serra.