Filha relembra crime após morte de Lindomar Castilho, condenado por matar a esposa

A morte de Lindomar Castilho, aos 85 anos, reacendeu um dos episódios mais marcantes da música e da história criminal brasileira. Conhecido como o “Rei do Bolero”, o cantor teve carreira de grande sucesso nos anos 1970, mas também ficou marcado pelo assassinato da ex-esposa, a cantora Eliane de Grammont, morta a tiros em 1981, durante uma apresentação em São Paulo.
Após a morte do pai, a filha do casal, Lili De Grammont, publicou um desabafo nas redes sociais em que relaciona o falecimento à violência que destruiu a família. Em sua mensagem, afirmou que “ao tirar a vida da minha mãe, também morreu em vida”, e descreveu o crime como um marco que encerrou a figura paterna e transformou definitivamente a história familiar.
O assassinato ocorreu em 30 de março de 1981, quando Eliane se apresentava em um bar na zona sul da capital paulista. Lindomar foi condenado a 12 anos de prisão, cumpriu parte da pena e deixou a cadeia na década de 1990. O caso teve grande repercussão nacional e se tornou símbolo da luta contra a violência doméstica, impulsionando o lema “quem ama não mata”.
Após sair da prisão, Lindomar se afastou dos palcos e passou a viver de forma discreta. Em entrevistas, chegou a declarar arrependimento pelo crime. Já Lili relatou que, ao longo da vida adulta, manteve uma relação distante com o pai, marcada pela tentativa de lidar com o trauma, a memória da mãe e a complexidade do perdão diante da tragédia.
