Filho de Tom Hanks é supremacista branco

Do El País
Aos 30 anos, o terceiro dos quatro filhos do ator não seguiu o irrepreensível exemplo de seus irmãos Colin (um ator respeitado), Elizabeth (escritora) e o caçula Truman (que vai trilhando seu caminho no cinema como operador de câmera). Apesar das aparições em séries recentes como Your Honor e Empire, Chester, conhecido como Chet Haze na cena rapper, aparece mais em veículos sensacionalistas como o TMZ do que nas páginas da Variety, um meio de referência para a indústria. E nos últimos meses o seu longo prontuário de polêmicas cresceu vertiginosamente. (…)
A revista People revelou que a última ex-namorada de Chester Hanks, Kiana Parker, abriu uma ação judicial contra ele acusando-o de maltrato físico e verbal, além de solicitar uma ordem de afastamento, que foi aceita. Segundo a moça, a recente deterioração no relacionamento afetivo deles evoluiu para um padrão de violência machista. “Ameaçou-a com uma pistola em diferentes ocasiões, atirou objetos contra ela e proferiu diversos insultos racistas”, afirma a denúncia apresentada. (…)
Enquanto as acusações se acumulavam, Hanks aproveitava a atenção da mídia para divulgar as primeiras imagens de seu novo trabalho como rapper, White Boy Summer (“verão do menino branco”). Ostentando um corpo tonificado e tatuado, Hanks aparece cercado de garotas rebolando de biquíni, enquanto ele despeja uma bebida alcoólica sobre suas nádegas. Mas a maior polêmica gerada por seu lançamento foi o merchandising que o acompanha, com camisetas, moletons ou shorts com mensagens escritas em tipografia gótica, a mesma habitualmente adotada pelos grupos do supremacismo branco e similar à que aparece na capa do livro Minha luta, de Adolf Hitler.
As suspeitas em relação à ideologia de Chet não são novas. Já em 2015 ele se recusou a parar de usar o termo nigga, um insulto que os brancos dirigiam aos negros na época da escravidão, hoje coloquial no âmbito do hip hop, mas que continua soando muito pejorativo quando pronunciado por um caucasiano. Em um episódio mais recente, em janeiro de 2020 —por acaso, a última vez em que foi visto em público com seus pais—, o músico esteve a ponto de estragar a grande noite de seu pai. Enquanto a indústria hollywoodiana celebrava a carreira de Tom Hanks entregando-lhe o prêmio Cecil B. DeMille na cerimônia do Globo de Ouro, Chet publicava um vídeo nas redes sociais em que compartilhava sua animação no tapete vermelho imitando o sotaque jamaicano, uma paródia viral que foi amplamente criticada pela imprensa e por usuários do Twitter.