Filipe Martins vira réu por crime de racismo após gesto supremacista branco no Senado

Num dia ruim para o governo Bolsonaro, com a queda de Salles e a denúncia do esquema da Covaxin, o falastrão olavista Filipe Martins, assessor para “assuntos internacionais”, tornou-se réu pela prática do crime de racismo.
A denúncia foi aceita pelo juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara de Justiça Federal, no DF. Martins é acusado de fazer um gesto de supremacistas brancos durante sessão do Senado no dia 24 de março.
“A denúncia se fez acompanhar de documentos que lhe conferem verossimilhança”, escreveu o Bastos decisão, citando o relatório policial, um laudo pericial e vídeos da cena.
Filipe Martins, o “Sorocabannon”, responderá segundo a lei de crimes raciais por ter praticado e induzido a discriminação e o preconceito de raça e pode ser condenado à prisão, ao pagamento de multa mínima de 30.000 reais e à perda de cargo público.
“[Martins] efetuou, por duas vezes, com a mão direita, gesto de mão popularmente conhecido como sinal de ‘OK’- o referido gesto pode ser descrito como a união do polegar ao indicador e a extensão dos outros três dedos –, mas que nos últimos anos foi apropriado por grupos extremistas brancos, para identificar seus apoiadores e simbolizar a supremacia da raça branca sobre as demais”, a a denúncia.
Martins alegou que estava apenas ajeitando o seu terno, desculpa esfarrapada que foi repetida por Eduardo Bolsonaro e toda a milícia virtual.
Uma série de postagens dele no Twitter foi anexada à denúncia, com referências a “a ideias, emblemas e símbolos relacionados a movimentos de extrema direita ou que demonstram ter uma visão messiânica em relação ao governo”.