Fim do Bolsodoria: Enquanto Bolsonaro fica noivo de Regina Duarte, Doria pede divórcio dele

Do Estadão:
Um ano depois de ter sido apontado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial de Davos como futuro presidente do Brasil, o governador de São Paulo, João Doria, trabalhou bastante na edição deste ano para desvincular o seu governo da administração federal. Nesses 12 meses de intervalo, o clima entre os dois não apenas esfriou como houve troca de farpas tendo como pano de fundo o cenário político de 2022.
Nesses dias nos Alpes suíços, o governador disse ter conseguido R$ 17,2 bilhões em investimentos para o Estado até 2023. Alguns realmente são novos, como o acréscimo de mais R$ 1 bilhão do grupo RGE para uma fábrica de papel e celulose em Lençóis Paulistas.
Outros, no entanto, já tinham sido anunciados e foram apenas reforçados nos encontros de Davos, como os R$ 9 bilhões da Iberdrola para a Neoenergia, que vão para São Paulo de um total de R$ 30 bilhões para outras operações no Brasil até 2023. O recursos são esperados ainda de Bracell, Acciona, Enel, P&G e Pepsico.
O discurso “separando” São Paulo de Brasília, principalmente no exterior – onde o País teve a imagem arranhada no ano passado por causa das queimadas na Amazônia – apareceu nas 34 reuniões (dez a mais do que teve na edição de 2019) com empresários e políticos de todo o mundo. Doria também foi questionado pela imprensa internacional sobre as crises do País, principalmente no campo ambiental, tema que neste ano superou as discussões econômicas no fórum.
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