“Fiquei deformada”: procedimento com ácido hialurônico vira caso grave de infecção

Imagem: Arquivo pessoal
A professora Marina Marques, de 29 anos, vive um drama de saúde após realizar um preenchimento com ácido hialurônico na região das olheiras, em Unaí (MG). Indicada por uma colega, a profissional que aplicou o produto se apresentava como biomédica, mas Marina descobriu depois que isso não era verdade. O procedimento, feito sem ficha de autorização, causou inchaço imediato e evoluiu para uma infecção que exigiu drenagem, uso de antibióticos e aplicação de hialuronidase para tentar reverter os danos.
Mesmo com a orientação inicial de que o inchaço era “normal”, Marina percebeu que a reação piorava com o tempo. Vídeos postados em suas redes sociais viralizaram e médicos começaram a alertá-la sobre a gravidade do quadro. Após nova avaliação, um biomédico constatou a presença de pus na região, e a professora iniciou tratamento urgente com antibióticos. Ela relata que ainda sofre com inchaço, hematomas e flacidez na pele do rosto.
Segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o ácido hialurônico é seguro quando aplicado corretamente, mas os riscos aumentam diante de falhas de higiene, ambiente inadequado ou falta de capacitação do profissional. Entre as complicações possíveis estão necrose, infecção, embolia e até perda de visão. O caso de Marina evidencia o perigo de realizar procedimentos estéticos sem a garantia de segurança e legalidade.
A jovem agora move um processo judicial contra a mulher que aplicou o produto e alerta outras pessoas para evitarem profissionais não habilitados. Seu caso se soma ao número crescente de complicações ligadas a procedimentos estéticos feitos sem controle.