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Flávio Dino se inspira em Mujica na defesa de uma frente ampla para 2022

Flávio Dino. Foto: Divulgação

O governador do Maranhão falou à BBC Brasil nesta semana:

BBC News Brasil – O senhor e outras lideranças de esquerda, desde 2014 ao menos, falam na formação de uma frente ampla de forças políticas. Inicialmente, seria uma frente de esquerda, agora fala-se numa frente contra retrocessos democráticos. Qual a dificuldade de tirar isso da teoria?

Flávio Dino – Nós já fizemos em outros momentos amplas uniões (de forças políticas), de acordo com as conjunturas. Mesmo internacionalmente nós temos exemplos muito virtuosos. Posso citar a Concertación chilena (união de partidos políticos que se articulou contra a ditadura de Augusto Pinochet em 1988 e venceu eleições presidenciais na décadas seguintes), a Frente Ampla uruguaia (coalizão que elegeu os presidentes Tabaré Vázquez e José Mujica), mais recentemente a aliança que chegou ao governo em Portugal, e na Espanha também. Então, esse caminho da unidade é um caminho que tem trazido vitórias ao programa de mudanças, de transformação social que nós defendemos.

No caso brasileiro, nós temos conquistas históricas que foram fruto de alianças amplas. Podemos lembrar desde Getúlio Vargas, que era sustentado por uma aliança do PTB com o PSD, que era o partido mais ao centro, e toda a esquerda praticamente, e nos legou uma série de ferramentas fundamentais para o desenvolvimento. E mais recentemente o próprio período do governo do presidente Lula, tendo o José Alencar (empresário mineiro já falecido) como vice.

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