Folha continua a publicar reportagens com suspeitas sobre reitor da UFSC

Da Folha
Em carta enviada em julho à Polícia Federal, o corregedor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Rodolfo Hackel do Prado, disse que vinha recebendo “os mais diversos tipos de pressão por não aceitar ser subserviente ao gabinete do reitor” da instituição.
Ele se referia a Luiz Carlos Cancellier, que morreu aos 59 anos na última segunda (2) após despencar do quinto andar no vão central de um shopping de Florianópolis.
O corregedor pediu o afastamento do reitor, que estava, segundo ele, agindo em conluio com professores para “frustrar” investigações. Conforme documentos obtidos pela Folha, as supostas pressões sobre o corregedor e o depoimento de outra professora foram o fundamento do pedido de prisão e de afastamento feito pela PF e acolhido pela Justiça Federal.
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O advogado do ex-reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier, Hélio Rubens Brasil, diz que o professor tentou ter acesso à investigação da Corregedoria porque queria informar à Capes o andamento da apuração e que “tudo que ele fez foi dentro da lei”. A Capes, fundação vinculada ao Ministério da Educação, era a origem dos recursos do projeto de bolsas para educação a distância.
“Ele [Cancellier] não estava sendo acusado de nenhum desvio, de nenhum ato de corrupção, de nada disso, e todos esses fatos que estavam sendo investigados eram anteriores a 2015, quando ele não era reitor ainda”, disse.
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