Francês que chamou porteiro de macaco é proibido pela Justiça de sair do Brasil

Na madrugada desta quarta-feira (6) foi determinada pela juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio, a proibição do francês Gilles David Teboul de se aproximar do porteiro Reginaldo Silva de Lima, sair do território brasileiro e ainda que ele entregue o passaporte à delegada Natacha Alves de Oliveira, titular da 12ª DP (Copacabana).
O estrangeiro é investigado pelos crimes de ameaça, lesão corporal e injúria racial por ter chamado o funcionário do prédio, na Zona Sul do Rio, de “preto, fedorento e macaco”.
Gilles deverá se “abster de molestar e de dirigir palavras injuriosas à vítima”, segundo o despacho da magistrada. Além disso, o inquérito diz que, por volta do meio-dia do último dia 26, além de ofender, o francês teria agredido o porteiro na portaria de um prédio na Rua Ronald de Carvalho. No mais, o francês ainda teria dito, na presença de outros moradores, que o funcionário “poderia ir à delegacia, nada vai acontecer comigo, pois tenho dinheiro”.
É possível perceber o momento em que as câmeras de segurança do edifício mostram o francês colocando as mãos em volta do pescoço de Reginaldo, pressionando-o. É visível também o momento em que Gilles volta ao local e encurrala o porteiro, até que saem da área de alcance das câmeras.
Após o registro do caso, agentes da 12ª DP foram até o apartamento do estrangeiro, porém ele disse que não poderia descer, pois era uma “pessoa doente e cadeirante” e se negou a assinar o recibo do mandado de intimação. Os policiais relataram que Gilles confirmou ter agredido o porteiro.