A freira brasileira Aline Pereira Ghammachi, de 41 anos. Foto: Reprodução
A freira brasileira Aline Pereira Ghammachi, de 41 anos, foi destituída do cargo de madre-abadessa no Mosteiro San Giacomo di Veglia, no norte da Itália, após acusações de má-conduta, incluindo a suspeita de ter puxado os cabelos de uma colega diagnosticada com esquizofrenia. Aline nega as denúncias e afirma que o afastamento ocorreu por causa de sua aparência: “Fui retirada do cargo por ser bonita demais”, declarou. Segundo ela, comentários internos na Igreja sobre sua juventude e beleza teriam influenciado a decisão.
Além da acusação de agressão, Aline é apontada por restringir o acesso das freiras a acompanhamento espiritual e psiquiátrico, controlar as finanças do convento sem transparência e favorecer familiares, conforme relatos que motivaram a investigação oficial do Vaticano. A destituição aconteceu em abril deste ano, durante visita da comissão responsável, que orientou silêncio sobre o caso. A ex-abadessa recorreu ao Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica e afirma que suas contas foram auditadas e aprovadas pela Igreja.
Natural de Macapá, Aline ingressou na vida religiosa aos 15 anos e chegou à Itália em 2005. Eleita abadessa em 2018, implementou reformas e projetos sociais no mosteiro, como apoio a mulheres vítimas de violência e pessoas autistas. Após sua saída, a comunidade sofreu mudanças e conflitos internos, com denúncias contra a nova liderança. Aline afirma ter sido vítima de “campanha de desinformação e ciúmes” e mantém seu compromisso com a fé e a verdade. O Vaticano ainda não divulgou um posicionamento final.