Apoie o DCM

Freixo mostra como Bolsonaro está armando os CACs, os “colecionadores” que já são 400 mil

Marcelo Freixo e Jair Bolsonaro (Foto: Câmara | PR)

Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editar quatro decretos para facilitar acesso e aquisição de armas, o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) foi às redes sociais, neste sábado (13), para mostrar como Bolsonaro está armando os CACs, os “colecionadores, atiradores esportivos e caçadores” que reúne pouco mais de 400 mil pessoas para ampliar o acesso a armas e munições e fragilizar a fiscalização.

Segundo Freixo, desses 400 mil CACs, metade é formada por Atiradores Esportivos. Em 2019, Bolsonaro ampliou de 16 para 60 a quantidade de armas que a categoria pode comprar com a autorização do Exército. Com os novos decretos, presidente extinguiu a necessidade dessa autorização. Ou seja, agora os Atiradores só precisarão de autorização se quiserem comprar mais de 60 armas!

Bolsonaro também ampliou a quantidade de munições que os CACs poderão comprar e produzir: “Os Caçadores poderão adquirir até 25 mil cartuchos para armas de uso permitido e 5 mil para  as de uso restrito às forças de segurança. Isso significa 68 disparos por dia!”, apontou Freixo.

“Para vocês terem ideia do impacto, só de janeiro a maio de 2020, o crescimento de munições comercializadas foi de 98% ante o mesmo período de 2019, chegando a 6,3 milhões”, disse o deputado, que continuou: “Agora, qualquer profissional poderá elaborar o documento. E a certificação de capacidade técnica para uso da arma poderá ser dada pelo clube que o atirador frequenta”.

Freixo deixa claro que com o mercado legalizado abastece o clandestino: “Essa ampliação exponencial de armas e munições em circulação associada à destruição dos mecanismos de fiscalização e rastreamento favorecerá desvios e dificultará investigações policiais, beneficiando o crime organizado: milícias e traficantes de armas e drogas”, disse.

“O objetivo principal do presidente é armar seus apoiadores fanáticos e colocar as democracia na mira”, destacou o deputado, que ainda disse: “O presidente já disse que se não houver voto impresso em 22, e em caso de derrota, a violência no Brasil será maior do que a invasão do Capitólio nos EUA. É uma ameaça explicita que para ser concretizada passa pela formação de milícias bolsonaristas. É isso que está em jogo”, finalizou.

Mais cedo, Freixo já havia criticado Bolsonaro, afirmando que o objetivo do presidente ao assinar os decretos seria armar seus apoiadores.

Confira a sequência de Freixo abaixo: