Frequentadores e funcionários de João de Deus evitam comentar prisão do médium
Reportagem de Fábio Fabrini na Folha de S.Paulo informa que frequentadores e funcionários da Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium João Teixeira de Faria, 76, conhecido como João de Deus, fazia atendimentos, evitam comentar a sua prisão neste domingo (16). Acusado de abusos sexuais, João de Deus estava em um sítio e encontrou a polícia em encruzilhada às margens da BR-060 em Abadiânia, Goiás.
De acordo com a publicação, tanto o centro em que ocorrem as cirurgias espirituais quanto as obras sociais mantidas pelo médium em Abadiânia passaram a tarde fechados. As atividades na Casa Dom Inácio se encerram às 12h. O movimento na casa após a prisão é principalmente de curiosos. Grande parte deles viaja entre Brasília e Goiânia e desvia da BR-060 para espiar o local, que está com os portões trancados. Desde o início da manhã, a residência de João de Deus está fechada e sem movimentação. Vizinhos e um vigia dizem que ninguém entrou ou saiu desde as 7h.
Espécie de relações públicas da Casa Dom Inácio, o ex-prefeito de Abadiânia Francisco Lopes diz que a frequência ao local certamente cairá após a prisão do médium, mas que as portas continuarão abertas a partir desta segunda (17) para reflexão e orações. Antes das denúncias, quando as cirurgias espirituais ainda eram feitas, cerca de 5.000 pessoas passavam pelo local, Folha.
