Frio e tempo seco disparam casos de conjuntivite no inverno

Com a chegada do inverno, os casos de conjuntivite têm aumentado de forma significativa em diversas regiões do Brasil. A combinação do ar mais seco, ambientes fechados e maior circulação de vírus respiratórios cria o cenário ideal para a disseminação da doença, especialmente em sua forma viral, que é altamente contagiosa. Oftalmologistas relatam que até 20% dos atendimentos oftalmológicos nos meses de inverno são motivados por sintomas típicos da conjuntivite.
Entre os principais causadores estão os vírus adenovírus e influenza, que se espalham facilmente em locais com pouca ventilação. Além disso, o ressecamento ocular causado pelas baixas temperaturas compromete a barreira natural de proteção dos olhos, facilitando infecções. As formas mais comuns são a conjuntivite viral, com vermelhidão intensa, coceira e secreção aquosa, e a bacteriana, que costuma apresentar secreção espessa e pálpebras grudadas ao acordar.
A conjuntivite alérgica, embora não contagiosa, também tende a se agravar no inverno devido ao aumento da exposição a alérgenos em ambientes fechados. Especialistas recomendam medidas simples de prevenção, como evitar coçar os olhos, lavar as mãos com frequência, não compartilhar toalhas ou maquiagem e manter os ambientes arejados. Em caso de sintomas, o ideal é procurar um oftalmologista para diagnóstico e tratamento adequado.
O uso indiscriminado de colírios sem prescrição médica pode piorar o quadro, especialmente se houver infecção. Com o avanço das infecções respiratórias durante o inverno, o risco de conjuntivite também cresce, tornando essencial a atenção aos primeiros sinais da doença para evitar surtos e complicações maiores.