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Funcionárias eram obrigadas a fazer dança de TikTok além de roupas sexualizadas

Imagens das funcionárias mostram o uso de peças como leggings e cropped. Foto: Divulgação

O posto de combustíveis no Recife, que está sendo acusado de exigir que frentistas adotem um padrão estético considerado sexualizado após mudança na gestão, obrigava as funcionárias a fazerem “dancinhas” para o TikTok, de acordo com relatos de trabalhadoras.

Segundo testemunhos de ex-funcionárias, as orientações incluíam o uso de legging de academia do modelo “levanta-bumbum” e blusas customizadas justas. As mudanças teriam começado em setembro, quando toda a equipe antiga foi dispensada e substituída por novas contratadas que já seguiam o visual imposto.

De acordo com os depoimentos, as funcionárias eram orientadas a manter um “corpo de academia” como parte do atendimento. Havia ainda a prática de estimular as trabalhadoras a atrair a atenção de motoristas, com orientações sobre postura no pátio e sugestões de comportamento para chamar clientes. Outra exigência mencionada foi a gravação de “dancinhas” para redes sociais durante o expediente, usando o uniforme do posto.

As antigas frentistas afirmam que não foram informadas previamente sobre as mudanças e foram demitidas no mesmo dia da chegada da nova equipe, situação descrita como constrangedora. A Justiça do Trabalho já suspendeu a obrigatoriedade do uniforme considerado inadequado e determinou que o posto forneça vestimentas compatíveis com a função, sob pena de multa.