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Garimpeiros ilegais: Território Yanomami sofre com ataques a postos de saúde, estupro e até show

Posto destruído pelo fogo em território Yanomami, em dezembro de 2022 – Foto: Hutukara Associação Yanomami

Ao longo dos últimos anos, a invasão da Terra Yanomami por garimpeiros ilegais provocou ocupação e fechamento de postos de saúde e um caso suspeito de estupro. O território também enfrenta a fome, desnutrição e morte.

Segundo um relatório do povo Yanomami, somente entre os anos de 2018 a 2021, a área de garimpo na Terra Indígena cresceu de forma avassaladora, saltando de 1.200 para 3.272 hectares.

De acordo com o colunista Carlos Madeiro, do UOL, em abril de 2022, uma menina de 12 anos da comunidade Aracaçá teria sido estuprada e morta por garimpeiros. O corpo da criança foi jogado no rio após o crime. Nenhum vestígios do crime foi encontrado no local.

Além disso, em 27 de dezembro de 2020, o cantor Wanderley Andrade se apresentou em uma localidade conhecida como Prainha, em Alto Alegre. O show aconteceu em meio  à fase crítica de disseminação do Coronavírus. Ele alegou não ter ciência da invasão.

Em dezembro do ano passado, o território também listou ataques a postos de saúde. Garimpeiros queimaram uma unidade de atendimento na região do Homoxi, onde vivem 700 indígenas. A denúncia foi feita pela Hutukara Associação Yanomami.

Vale destacar que, segundo o Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena), 5 dos 78 postos de saúde do território ficam em áreas invadidas e tomadas pelo garimpo ilegal e estão fechados. Diante disso, muitas comunidades ficaram desamparadas.

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