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Garimpo já devastou 584 campos de futebol em três terras indígenas em 2024, diz relatório

Destruição provocada pelo avanço do garimpo – Foto: Reprodução

Um levantamento via satélite feito pelo Greenpeace Brasil revelou que o garimpo devastou 417 hectares nas Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami entre janeiro e junho deste ano, equivalente a 584 campos de futebol. Mesmo com os esforços do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para combater a atividade ilegal, ainda há muito a ser feito para proteger essas áreas. “Um dos grandes apelos dos povos originários é a desintrusão de seus territórios, que é a expulsão total dos garimpeiros de suas terras”, afirma Jorge Eduardo Dantas, porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace.

O levantamento mostrou que, embora o desmatamento tenha diminuído em comparação a anos anteriores, os garimpeiros têm aberto novas áreas no entorno de regiões já exploradas, dificultando a detecção por imagens de satélite. A terra Kayapó foi a mais afetada, perdendo 227 hectares no primeiro semestre deste ano, embora tenha havido uma queda de 60,18% na abertura de novas áreas em comparação ao mesmo período de 2023. A terra Yanomami perdeu 169,6 hectares, registrando uma redução de 5,92% em relação ao ano anterior, enquanto a Terra Indígena Munduruku contabilizou 20,2 hectares desmatados.

O Greenpeace alerta para o avanço da atividade perto de outras áreas protegidas, como o Parque Nacional do Pico da Neblina e o Parque Nacional dos Campos Amazônicos. As Terras Indígenas Apurinã, Sete de Setembro e Zoró também estão sob ameaça de novos focos de garimpo.

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