Garis acham R$ 200 no lixo e entregam a diarista, que havia perdido o dinheiro
Do Extra

Recebendo pouco mais de um salário mínimo por mês para bancar aluguel, entre outras despesas, os garis Cleinaldo Moreira de Souza Pires, de 24 anos, e Aroldo Henrique de Oliveira Pontes, de 35, sabem o que é dar duro para ganhar a vida. De segunda a sábado, recolhem toneladas de lixo nas ruas de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Em meio ao serviço pesado, Cleinaldo sonha com o fim da obra na sua casa própria. Já Aroldo quer comprar uma motocicleta. No último dia 7, eles carregavam latões de detritos para a caçamba de um caminhão quando, ao despejarem o conteúdo, encontraram uma sacola plástica contendo um carnê escolar e R$ 200.
Sem pensar duas vezes, ambos deixaram um pouco os sonhos de lado e resolveram ajudar quem nem conheciam. Mas devolver o dinheiro ao seu legítimo dono não foi uma tarefa simples.
Como não podiam interromper a coleta, eles esperaram o encerramento da jornada de trabalho para ir até uma escola no Bairro Vilar Novo. O nome de aluna estava escrito no carnê. Lá os garis foram informados do endereço da diarista Luzinete da Silva.
Por engano, ela havia jogado fora, misturado ao lixo, a sacola com a quantia. Ainda vestindo os uniformes da companhia de limpeza, Cleinaldo e Aroldo bateram palmas na residência e foram atendidos por uma sobrinha da diarista. Imediatamente, a menina chamou a tia.
Com renda mensal de apenas R$ 600, Luzinete ficou emocionada ao saber que o dinheiro perdido havia sido encontrado. Ao EXTRA, ela disse que os garis foram anjos enviados por Deus. (…)