Do GLOBO:
Por Bela Megale
O julgamento da suspeição de Sérgio Moro nas ações do ex-presidente Lula deve ser um dos primeiros casos analisados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021. O ministro Gilmar Mendes disse a interlocutores que a ação será uma das prioridades quando a corte retomar os trabalhos presenciais, hoje suspensos pela pandemia da covid-19.
A avaliação de Gilmar é que o caso é delicado e precisa ser tratado em sessão presencial. Ele também disse a pessoas próximas que, neste ano, não há mais tempo para esse julgamento. A análise da suspeição de Moro está parada desde dezembro de 2018, por um pedido de vista do ministro.
Com a aposentadoria de Celso de Mello, o indicado do presidente Jair Bolsonaro, Kassio Marques, pode ser o dono do voto de desempate. Isso porque a Segunda Turma do Supremo, que possui cinco membros e é responsável por esse julgamento, está dividida. Edson Fachin e Carmen Lúcia já se posicionaram contra a suspeição do ex-juiz. Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes sinalizaram que devem se manifestar pela suspeição.
Mas há ainda outro cenário possível: um nome da Primeira Turma, que também tem cinco membros, migrar para a Segunda, antes da entrada de Kassio Marques. Integrantes da corte afirmaram, porém, que, até agora, esse movimento não teve início.
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