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Gleisi diz que PSB adotou ‘métodos da extrema direita’ contra Marília Arraes

Gleisi Hoffmann, Marília Arraes e Carlos Siqueira (presidente do PSB) (Foto: GUSTAVO BEZERRA | Câmara dos Deputados | Reprodução)

Da coluna Painel na Folha:

Fora das capitais, derrotado em 11 das 15 cidades no segundo turno, com menos de 40% dos votos em seis delas, coadjuvante em locais-chave (como São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza), o PT tenta entoar o discurso de que não fracassou na eleição. Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, afirma que a legenda se recolocou em disputas relevantes e foi à final em mais municípios neste ano do que no pleito passado —foram 7 no segundo turno de 2016. Para ela, ainda há efeito da onda anti-PT, com ataques que agora foram usados até por antigos aliados. Lula, por ora, silenciou.

Gleisi faz duras críticas ao PSB, a quem acusa de ter “adotado métodos da extrema direita” para atacar Marília Arraes. “Marília sai politicamente vitoriosa, embora não eleitoralmente”. Gleisi e José Guimarães (PT-CE) foram os principais defensores da candidatura própria em Recife. (…)

O líder do PT na Câmara, Ênio Verri (PT-PR), admite que o resultado efetivo, de só 4 vitórias, “é pouco” e que ele esperava mais. Em sua avaliação, porém, a esquerda sai vitaminada, com vitórias como em Maceió (PSB), Recife (PSB), Fortaleza (PDT) e Belém (PSOL), mostrando-se capaz de competir com Bolsonaro em 2022, desde que unida. Petistas viram no ato de Flávio Dino (PC do B-MA), neste domingo (29), o início de uma via de reconciliação, após o racha em Recife. O governador apoiou João Campos (PSB), rival do PT, mas foi votar com a camisa estampada de “Lula Livre”. O ato também foi motivo de crítica.