Globo terá de mexer os pauzinhos para segurar os vilões na casa e garantir audiência ao BBB
Do F5

Sobraram 16 jogadores dentro da casa mais vigiada do Brasil. Três deles estarão no próximo paredão. É bastante provável que um dos três remanescentes do chamado “Gabinete do Ódio” –Karol Conká, Lumena e Projota– seja emparedado. E, se for mesmo, também será o próximo eliminado.
Eis o desafio da produção do BBB 21 para as próximas semanas: evitar que os vilões desta edição sejam expulsos um a um, transformando o reality num concurso de plantas ornamentais.
Não é um desafio tão grande assim. Nunca foram tão claras as interferências externas no jogo, que vão de toques no confessionário aos participantes que estão se excedendo a recursos como o contragolpe e o cancelamento da prova bate-e-volta. Boninho não hesitará em lançar mão desses expedientes novamente e, até certo ponto, não há nada de muito errado nisso. Antes de mais nada, o Big Brother Brasil tem que funcionar como entretenimento.
Chama a atenção a mudança de comportamento de Karol Conká. Nas primeiras semanas do programa, a cantora espantou o Brasil com suas atitudes cruéis, captadas pelas câmeras do pay-per-view. Mas, durante a edição noturna, a Globo não exibiu várias das barbaridades proferidas por ela, que mesmo assim lhe custaram patrocínios, oportunidades de trabalho e milhares de seguidores.
De uns dias para cá, essas duas narrativas se aproximaram. Karol passou a controlar melhor sua língua, a pedir desculpas a quem ofendeu e a se dizer arrependida de certas coisas. Em paralelo, a TV aberta assumiu que ela é mesmo a grande malvada, mas em chave humorística. Uma tentativa explícita de limpar a imagem da paranaense e segurá-la na competição por mais alguns rounds. (…)