Governadores bancam escolas cívico-militares após encerramento do programa do MEC

Com o encerramento do Programa de Escolas Cívico-Militares (Pecim), anunciado pelo governo Lula (PT) em julho, os governadores assumiram a condução de projetos próprios para manter a educação básica militarizada. Paraná, São Paulo e Goiás estão entre os estados que planejam preservar e expandir o modelo no próximo ano, seguindo a linha exaltada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O programa, instituído em 2019 por meio de um decreto de Bolsonaro, já contava com a presença de escolas militares em diversas unidades federativas, sob gestão compartilhada entre a Polícia Militar (PM) e as secretarias de educação.
No Paraná, o governo de Ratinho Júnior (PSD) possui 194 escolas cívico-militares estaduais e incorporará 12 do antigo programa federal, com mais 84 adotando o modelo em 2024. Outras 28 estão sendo consideradas para possível conversão ao formato, podendo totalizar 318 instituições monitoradas por militares até o final do próximo ano.
Em Goiás, uma estratégia implementada desde o início do ano transformou as sete escolas cívico-militares do programa federal em colégios estaduais da Polícia Militar, elevando o total para 76. O governador Ronaldo Caiado (União) pretende adicionar mais seis em 2024.
No Distrito Federal, governado por Ibaneis Rocha (MDB), a intenção é acolher quatro escolas do programa extinto pelo MEC em seu projeto de gestão compartilhada, existente desde 2019 e com 12 unidades operando em colaboração com a Secretaria de Segurança Pública.
Já em Minas Gerais, a Secretaria de Educação de Romeu Zema (Novo) planeja iniciar em 2024 um projeto para as unidades escolares que faziam parte do Pecim, em parceria com o Corpo de Bombeiros.
E por fim, em São Paulo após apelo da base bolsonarista, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) enviará à Assembleia Legislativa até o início de 2024 um projeto de lei que institui o programa em nível estadual.
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