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Governo Bolsonaro censurou Inep e apagou artigo

Bolsonaro
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (19), a Associação dos Servidores do Inep acusou o governo Bolsonaro de “censurar” a publicação de um artigo científico que mostrava a evolução nos indicadores de alfabetismo no país em função do Pnaic. O programa é do primeiro mandato do governo Dilma Rousseff que custou mais de R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos.

A denúncia foi enviada ao Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União, Câmara dos Deputados e Senado. Com base em cruzamento de dados e estatísticas, o estudo concluiu que o programa foi responsável por um “aumento na proficiência em “matemática e linguagem” na educação básica comparado a outras intervenções estaduais e que o “retorno econômico” teve “efeito positivo do investimento”.

Por algum motivo não explicitado, no entanto, o artigo, que é assinado pelo pesquisadores Alexandre André dos Santos e Renan Gomes de Pieri e intitulado de “Avaliação Econômica do Piac”, nunca foi publicado. “O que se vislumbra é que o Inep teria abandonado o cumprimento de uma competência legal por motivo político-ideológico, podendo configurar ato improbo por malferimento aos princípios administrativos e constitucionais”, diz a denúncia da Assinep.

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Bolsonaro também é acusado de interferir no Enem, prova organizada pelo Inep

A saída da 37 servidores do Inep, orgão que organizada o Enem, também teve motivação na possível interferência de Bolsonaro no exame.

Conforme revelou o DCM, o presidente não leu a prova, mas deu ordem para seus subordinados. O pedido do governante é que o exame seja um “exemplo ideológico”.

“Ele tem dito que o Brasil mudou e o ENEM é uma ferramenta para comprovar isso, na visão do Bolsonaro”, informou um deputado do Centrão. Ele pediu para não ser identificado. “O presidente falou isso em 2019, voltou a falar no ano passado e ressaltou neste ano. E a equipe dele obedeceu”, acrescentou.

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