Governo Bolsonaro propõe rombo de R$ 65,9 bilhões em 2023

O Ministério da Economia apresentou uma meta de déficit primário que gera um rombo de R$ 65,9 bilhões para 2023. O valor faz parte do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem, que foi enviado ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (14) pelo governo Bolsonaro.
O déficit primário indica quanto o governo deve gastar acima da arrecadação do ano, sem considerar na conta as despesas com a dívida pública. Por causa do valor adicional, a União deverá emitir mais dívida.
Caso o resultado se concretize, esse será o décimo ano consecutivo de rombo nas contas públicas, que se iniciou em 2014.
Déficit do governo Bolsonaro em 2021 superou mais de R$ 30 bilhões
No ano de 2021, o governo federal registrou um déficit fiscal de R$ 35,073 bilhões, de acordo com os números da Secretaria do Tesouro Nacional. Se corrigido pela inflação, até dezembro de 2021, o rombo chega a R$ 37,9 bilhões.
A LDO 2022, aprovada no ano passado, autoriza um rombo fiscal de até R$ 170,5 bilhões. O número é mais do que o dobro previsto pelo Ministério da Economia, que estimou ser de R$ 66,9 bilhões.
Na proposta da LDO de 2023, o governo manteve a estimativa de alta de 2,5%para o Produto Interno Bruto (PIB). No caso da inflação, que é medida pelo IPCA, a estimativa do governo é de que seja de 3,3%, ante 6,45% em 2022.