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Governo Bolsonaro exonera pelo menos um funcionário a cada oito dias

Do Estadão

O presidente da República, Jair Bolsonaro (Evaristo Sá/AFP)

Após a exoneração de Roberto Leonel, presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Jair Bolsonaro segue com a alta rotatividade de cargos públicos em seus quase 250 dias na Presidência. Para além da dança das cadeiras na nova Unidade de Inteligência Financeira (UIF), o nome mais recente adicionado à lista de pelo menos 31 demissões – uma a cada oito dias – , de acordo com levantamento do Estado, é o do subsecretário-geral José Paulo Ramos Fachada, o “número 02” da Receita Federal.

Logo nos três primeiros meses de seu governo, Bolsonaro já demitiu três de seus ministros. O primeiro foi o advogado Gustavo Bebbiano, da Secretaria Geral, que foi exonerado com 48 dias de mandato, após se desentender com Carlos Bolsonaro e ter seu nome associado à denúncia de candidaturas de laranjas do PSL durante as eleições 2018. Ele foi substituído pelo general Floriano Peixoto, do Exército Brasileiro.

Menos de dois meses depois, foi a vez do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, sugerido pelo filósofo Olavo de Carvalho para chefiar o ministério da Educação, que deixou o cargo em meio a declarações polêmicas e boicotes. No último dia 13, a Secretaria-Geral voltou a ser palco de mudanças: o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, um dos principais nomes nas Forças Armadas e que já havia assumido a chefia da pasta no lugar de Peixoto, foi exonerado após atrito com a ala olavista do governo.

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