De Daniel Carvalho e Natália Cancian na Folha de S.Paulo.
O governo brasileiro rejeitou no ano passado três ofertas da farmacêutica Pfizer, deixando de obter ao menos 3 milhões de doses em meio à escassez de vacinas contra a Covid-19. O volume, que era previsto até fevereiro, é equivalente a cerca de 20% das doses já distribuídas no país até agora.
LEIA TAMBÉM – A mentira de Pazuello: Brasil não está nem na fila de países que terão vacina da Pfizer e Johnson’s
O anúncio feito pelo Ministério da Saúde nesta última semana de que pretende comprar doses da vacina da empresa norte-americana ocorreu quase sete meses após a primeira oferta apresentada, que previa que as primeiras entregas fossem feitas ainda em dezembro de 2020.
LEIA TAMBÉM – Após afirmar que compraria vacina da Pfizer, Pazuello diz que assunto ainda está em discussão
Duas das propostas feitas antes da que o governo diz ter aceitado agora —o contrato ainda não foi assinado— previam vacinas já em dezembro, quando imunizante passou a ser aplicado em países como Reino Unido e EUA. A terceira previa as vacinas em janeiro. Agora, membros do ministério tentam negociar com a empresa entregas a partir de maio.
A Pfizer não foi a única a ter propostas rejeitadas. Documentos mostram que outros laboratórios também tiveram ofertas que previam entregas mais cedo ignoradas, a exemplo do Instituto Butantan, que hoje é responsável por pelo menos 78% das vacinas já distribuídas no país contra a Covid.
Além disso, embora o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, tenha afirmado recentemente que encontrou dificuldade em negociações com o consórcio Covax Facility, da Organização Mundial de Saúde, pessoas ligadas às conversas apontam que foi da pasta a decisão de adquirir doses para apenas 10% da população por meio da iniciativa.
Hoje, além da Coronavac, o Brasil aplica a vacina Oxford/AstraZeneca, cuja entrega tem enfrentado atrasos. Nesta semana, diante do agravamento da crise e do aumento da pressão de governadores, o Ministério da Saúde Saúde anunciou que prepara contratos com Pfizer, Janssen e Moderna para obter 151 milhões de doses entre maio e dezembro de 2021.
O contrato com a Pfizer deve ser assinado nos próximos dias, depois que o presidente Jair Bolsonaro sancionar projeto de lei aprovado pelo Congresso que cria um ambiente jurídico mais favorável para que as cláusulas exigidas pela farmacêutica sejam atendidas, como a que isenta a empresa de responsabilidade por eventuais eventos adversos.
(…)
Alexandre Nardoni, condenado a 31 anos de prisão pela morte da própria filha, Isabela (5),…
Dois homens e duas mulheres causaram uma briga entre casais na última sexta-feira (17) no…
Kawara Welch, uma artista plástica, foi presa por stalking após perseguir um médico em Ituiutaba,…
Nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi às redes sociais…
Um adolescente de 16 anos foi detido em São Paulo após matar seus pais e…
Aos 81 anos, a atriz Susana Vieira revelou em entrevista ao Fantástico, no domingo (19),…