Governo Bolsonaro vendeu US$ 37 bi das reservas acumuladas por Lula e Dilma
De Fabio Graner, Marcelo Osakabe e Lucas Hirata no Valor Econômico.
O Banco Central vendeu US$ 36,9 bilhões das reservas internacionais no ano passado. Essas vendas se deram principalmente em razão de intervenções cambiais realizadas pelo BC para conter a alta do dólar em um ano em que o país teve a maior saída de divisas da história recente, US$ 44,8 bilhões. Com isso, as reservas cambiais, que haviam atingido o pico de US$ 390,5 bilhões em junho, caíram para US$ 356,9 bilhões no fim do ano.
A reservas internacionais são ativos que o país possui em moedas estrangeiras e representam um seguro contra crises cambiais. Com a venda de reservas, houve uma redução desse seguro. O lado positivo dessa operação, porém, foi a queda de cerca de R$ 140 bilhões na dívida bruta do país, ou dois pontos percentuais do PIB – em novembro, a dívida estava em 77,7% do PIB.
A atuação da autoridade monetária está alinhada com diretriz do Ministério da Economia, de aproveitar desvalorizações cambiais para vender dólares, reduzir as reservas, abater a dívida pública e baixar seu custo.
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PS do DCM: Quando Lula assumiu, em 2003, as reservas cambiais do Brasil estavam em torno de US$ 28 bilhões e o Brasil devia para o FMI. Sem os empréstimos do Fundo, o Brasil não conseguia pagar suas contas. Bolsonaro e Paulo Guedes querem jogar o Brasil de novo para o sistema financeiro internacional?