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Governo distribuirá cestas básicas para indígenas com alimentos “sem sentido”, segundo especialistas

Mulheres indígenas usam máscara em manifestação contra o PL 490
Mulheres indígenas em manifestação contra o PL 490.
Foto: Andressa Zumpano/Articulação das Pastorais do Campo

O governo Bolsonaro adquiriu, por R$ 173 milhões, um milhão de cestas básicas que serão distribuídas para 233 mil famílias indígenas durante seis meses em todo o Brasil. No entanto, especialistas consideram os produtos que compõem a cesta “sem sentido” e uma “esquizofrenia”.

A cesta básica do governo federal será formada por alimentos ultraprocessados, com grandes quantidades de açúcares, gorduras, conservantes e outras substâncias sintetizadas em laboratório, como rosquinha de coco e biscoitos. Além de leite em pó integral, não há nenhuma proteína animal, como já houve em cestas básicas distribuídas em anos anteriores.

A informação é da coluna do jornalista Rubens Valente.

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Luiz Eloy Terena, advogado da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), disse que o governo federal não conversou com as organizações indígenas sobre a composição das cestas.

“Não houve a consulta. O ministro Luís Barroso já falou sobre a necessidade do diálogo intercultural, já decidiu que os povos indígenas deveriam participar dessas discussões, mas não está acontecendo. É mais um ato desse governo de implementar determinada coisa sem consulta. E está fazendo de má vontade. Só está fazendo porque o STF mandou e mesmo assim está fazendo errado. É um desrespeito total com os povos indígenas, que é a marca desse governo”, disse o advogado.

Com informações da coluna de Rubens Valente