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Governo tenta blindar Bolsonaro, mas reconhece desgaste com prisão de Crivella

Prefeito Marcelo Crivella em encontro com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, em outubro deste ano – Divulgação

De Daniel Carvalho na Folha de S.Paulo.

Diante da prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos)​, nesta terça-feira (22), o Palácio do Planalto tem procurado blindar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas reconhece que é difícil evitar o desgaste com a narrativa de mais uma derrota do chefe do Executivo federal.

Além de ter apoiado a candidatura derrotada de reeleição de Crivella —a internet já recuperou até vídeo dos dois dançando durante a campanha—, dois dos três filhos políticos do presidente migraram para o Republicanos: o senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (RJ).

Abordado por jornalistas, o vice-presidente general Hamilton Mourão (PRTB) minimizou o impacto para o governo, dizendo que se trata de uma “questão policial” e que “segue o baile aí”.

“O governo não tem impacto nenhum, pô. Não tem nada a ver com a gente. Sem impacto, zero impacto”, disse Mourão nesta manhã.

Ao ser lembrado de que Bolsonaro apoiou a tentativa de reeleição de Crivella, o vice-presidente insistiu em minimizar a operação desta terça-feira. “A gente apoia tanta candidatura aí, pô, não tem nada a ver.”

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