“Graves falhas”: investigação sobre implosão do submarino Titan é concluída

O relatório final da Guarda Costeira dos Estados Unidos concluiu que a implosão do submarino Titan, em 2023, foi causada por “graves falhas” no projeto e na segurança operacional da Oceangate, empresa responsável pelo submersível. O documento afirma que o desastre era evitável e que a perda de integridade do casco de fibra de carbono foi o fator central para a tragédia,
O acidente matou instantaneamente os cinco ocupantes da embarcação durante uma expedição aos destroços do Titanic. Segundo a investigação, a Oceangate ignorou princípios básicos de engenharia, não realizou manutenções preventivas e se apoiou em monitoramentos ineficazes.
Audiências realizadas em 2024 revelaram uma série de alertas ignorados pela Oceangate. David Lochridge, ex-diretor de operações, relatou que já em 2018 havia apontado defeitos no casco e pedido testes mais rigorosos — o que resultou em sua demissão. Outras testemunhas relataram sons anormais, falhas mecânicas antes da viagem fatal e manipulações da empresa para escapar da fiscalização dos EUA.
Depoimentos também revelaram indícios de ganância e negligência por parte da Oceangate. Ex-funcionários relataram que havia pressa para realizar as expedições, mesmo com falhas recorrentes, como forma de manter financeiramente a empresa, já que cada passageiro pagava US$ 250 mil (mais de R$ 1,3 milhão).