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Grupo de 300 médicos assina carta contra o uso da cloroquina como tratamento precoce à covid

Cloroquina
(foto: Ministério da Saúde/Divulgação)

Do Tempo:

Cerca de 300 médicos mineiros assinaram neste sábado (16), uma nota pública contra o uso da hidroxicloroquina, da ivermectina e outros medicamentos sem comprovação efetiva de eficácia no tratamento de combate ao coronavírus. No documento, a categoria também pede que os conselhos regionais de medicina  e o Conselho Federal de Medicina (CFM) orientem os médicos de todo o Brasil a não prescreverem os medicamentos a pacientes com suspeita de Covid-19.

De acordo com o ex-presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) e um dos organizadores do documento, Geraldo Guedes, a prescrição desses medicamentos dá ao paciente a falsa sensação de que ele não precisa seguir à risca, as medidas de segurança contra a doença. “Tem muita gente que acha que está protegido e essas pessoas relaxam, principalmente a juventude, que vão para as festas, depois para a casa dos pais e avós. Tomam hidroxicloroquina e ivermectina achando que estão protegidos. O caos de Manaus demonstra isso. É fruto das festas, das aglomerações do final do ano. Então isso é extremamente perigoso”, afirma o médico que também é ex-conselheiro do CFM.

A nota pública assinada pelos médicos, faz críticas às ações do governo Federal frente a pandemia e pede que os conselhos de todo o Brasil e o CFM tenham uma postura mais enérgica quanto a questão. “Não podemos nos calar diante da omissão das nossas principais entidades, Conselhos, Associações e Sindicatos Médicos. A aceitação de nossas lideranças do uso de medicamentos que, comprovadamente, não trazem benefícios, nem preventivo e nem curativo, é uma afronta a estes princípios. Chega!”, diz o documento. (…)

Confira o documento completa AQUI.

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