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Guaidó tentará reeleição neste domingo e diz que tem “muito mais votos do que os necessários”

Juan Guaidó, o autodeclarado presidente da Venezuela, em conferência em Caracas em setembro – Matias Delacroix /AFP

Da ISTOÉ:

O líder opositor Juan Guaidó vai tentar a reeleição neste domingo como chefe do Parlamento – cargo do qual reclamou a presidência interina da Venezuela, com reconhecimento de cerca de 50 países.

Um ano depois de sua ovacionada autoproclamação, em meio a tensões e divisões entre os opositores, 2020 promete ser um ano de dificuldades em sua ofensiva contra Nicolás Maduro, preveem analistas.

“Temos muito mais votos do que os necessários”, garante Guaidó.

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A Folha também apurou o assunto e entrevistou o autodeclarado presidente da Venezuela:

O desafio a que se propôs o setor da oposição venezuelana liderado por Juan Guaidó há um ano terá de passar por uma difícil prova neste domingo (5).

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“Temos um acordo com quatro partidos de oposição e, por enquanto, temos o quórum e os votos para que eu seja reeleito. Mas também estou consciente de que a ditadura vai fazer de tudo para impedir isso, e já há operações em andamento para desestimular minha reeleição. Estamos atentos, vigilantes e confiantes”, disse Guaidó à Folha, em entrevista por telefone.

Os partidos que firmaram o compromisso de reeleger o líder opositor são o Voluntad Popular, o Primero Justicia, o Acción Democrática e Un Nuevo Tiempo.

Guaidó quer seguir adiante porque considera que, apesar de não ter atingido seus principais objetivos em 2019 —interromper o que chama de “usurpação” (o fato de Maduro ter tomado posse depois de uma eleição considerada ilegítima) e chamar eleições livres para presidente—, “tivemos um ano muito produtivo, com a volta das pessoas às ruas, o reconhecimento de mais de 50 países de que eu, como líder da Assembleia, devo ser reconhecido como presidente interino da Venezuela, e uma projeção internacional de nossa crise humanitária”, conclui.

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