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Bolsonaristas e parte da imprensa se calam sobre offshore de Guedes, diz analista de dados

O ministro da Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O escândalo da offshore de Paulo Guedes movimenta o Twitter desde ontem (3). O analista de dados Pedro Barciela compilou a repercussão do caso na rede social. Segundo ele, há “silêncio constrangedor” de bolsonaristas e de parte da imprensa.

Somente 4,3% das menções ao nome do ministro foram feitas por apoiadores do presidente. Aparecem em destaque nomes da oposição que repercutiram o caso nas redes, como Guilherme Boulos, Marcelo Freixo e Paulo Pimenta. Veja:

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Jornais da grande imprensa ignoraram caso em suas capas

Não é só no Twitter que a grande imprensa fingiu que a offshore de Paulo Guedes não existe. Nas capas de jornais, somente a Folha de S. Paulo lembrou da notícia. “Empresa offshore de Guedes gera questionamento”, escreve o veículo na capa, em um pequeno espaço abaixo da manchete.

O caso está entre uma notícia sobre os riscos de haitianos trocarem o Brasil pelos EUA e a possibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) liberar showmícios. A matéria sobre o caso do ministro da Economia foi publicada ontem.

O Valor Econômico, o Estadão e O Globo seguiram ignorando o fato.

A offshore milionária de Guedes

A Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe, foi criada em 2014. À época, Guedes era economista e sócio da Bozano Investimentos. Nos meses seguintes, ele aportaria US$ 9,54 milhões — o equivalente, hoje, a mais de R$ 50 milhões — na conta da offshore, numa agência do banco Crédit Suisse, em Nova York.