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Guedes diz o plano é privatizar Petrobras e BB em 10 anos

Veja o Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva.
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o plano econômico do governo é claro e, para os próximos 10 anos, prevê a continuidade da privatização de estatais, inclusive Petrobras e Banco do Brasil (BB).

Plano entreguista de Guedes

“Qual é o plano para os próximos 10 anos? Continuar com as privatizações. Petrobras, BB, todo mundo entrando na fila; e isso sendo transformado em dividendos sociais”, disse em evento da International Chamber of Commerce (ICC) Brasil.

“Todo mundo entrando na fila”, disse o ministro sobre seguir esse projeto para as estatais. Afirmou ainda que este governo, acredite se quiser, privatizou R$ 240 bilhões em 2 anos e meio.

A ideia, afirmou, é transformar o Estado brasileiro, controlando despesas, atraindo investimentos privados, acelerando as desestatizações e reforçando o programa social. “Falhamos com as privatizações? Não andamos no ritmo que gostaríamos, mas privatizamos R$ 240 bilhões em 2,5 anos”, disse, acrescentando que até o momento as operações envolveram subsidiárias, mas que “as grandes empresas”, como os Correios, vêm agora. Ele voltou a dizer que quem dá o timing da agenda é a política.

O plano é claro e quem “tem boa formação de equilíbrio geral entendeu tudo”, afirmou. “Quanto menos conhece, mais critica e menos reconhece o que está sendo feito”, disse. Ele repetiu que “estamos precisando de mais respeito uns pelos outros”.

Guedes voltou a defender a necessidade de ampliação do programa social devido às consequências da pandemia. “Vamos passar de 14 milhões para 17 milhões de famílias no Bolsa Família reformulado” disse. Ele acrescentou que a inclusão dos “invisíveis” segue sendo uma questão e voltou a criticar a não aprovação da medida provisória 1045. “Não conseguimos incluí-los com a legislação trabalhista obsoleta.”

Sobre a reforma administrativa, disse que “não é a mais potente”, mas é o que foi politicamente possível.

Com informações do Valor Econômico.