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“Há poucas vítimas de estupro de sósias do Brad Pitt”, disse promotor ao pedir prisão de homem negro

Carlos Edmilson da Silva (36) foi solto após passar 12 anos preso injustamente. Foto: Reprodução

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a soltura e inocentação de Carlos Edmilson da Silva, um homem negro que havia sido injustamente condenado a 170 anos de prisão por uma série de estupros ocorridos na Grande São Paulo entre 2006 e 2007. Carlos Edmilson foi indiciado com base apenas em reconhecimento por foto, sem provas de DNA, e passou 12 anos preso.

Na sentença, o promotor Vagner dos Santos Queiroz defendeu o reconhecimento do homem negro por foto alegando que “o que mais existe nesse país são as condenações de estupradores e ladrões com tipo físico e rosto comum”. Ele afirmou ainda que “poucas devem ser as vítimas estupradas pelos sósias do Brad Pitt, do Daniel Craig e do George Clooney”, atores brancos de filmes de Hollywood.

O caso ganhou destaque após uma reportagem do Fantástico, exibida no último domingo (19), revelar que a condenação de Carlos Edmilson foi fundamentada principalmente na fotografia de reconhecimento. Doze promotores, incluindo Vagner, apresentaram as denúncias favoráveis à sentença.

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