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Hackers de Moro e Dallagnol não foram pagos e nem tiveram mandantes, conclui PF

Dallagnol e Moro

A Polícia Federal concluiu, nesta sexta-feira (13), que os hackers que acessaram o Telegram de membros da Lava Jato, como o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, agiram sem mandantes e não foram pagos para cometer a invasão.

O procurador da República Wellington Divino Marques de Oliveira, do Ministério Público Federal (MPF), pediu o arquivamento do inquérito que apurava a existência de mandantes. A investigação foi aberta no final de 2019 após a prisão de Luiz Molição, Walter Delgatti Neto e Thiago Eliézer.

De acordo com o documento, a PF “não identificou um possível agente que tenha solicitado ou determinado aos investigados a invasão dos dispositivos eletrônicos de autoridades públicas oferecendo ou fornecendo uma contrapartida financeira para a prática dos delitos investigados, tendo como objetivo embaraçar investigações criminais envolvendo organizações criminosas”.

A análise do material não permite “concluir a existência de uma terceira pessoa que teria selecionado os alvos e determinados dispositivos”, ainda segundo os investigadores.

“Analisadas, nos e-mails e demais materiais apreendidos, bem como nas movimentações financeiras realizadas, e confrontando essas transações com o conteúdo examinado, não foi possível identificar um agente que tenha requerido aos réus que iniciassem ou continuassem as invasões aos dispositivos sob o fornecimento de qualquer tipo de vantagem ou promessa de fornecê-la”, acrescenta a PF.