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‘Help me’: guia relata últimas palavras de Juliana Marins antes de morrer em vulcão na Indonésia

Juliana Marins, que morreu no Monte Rinjani, na Indonésia. Foto: reprodução


Ali Musthofa, guia responsável pela trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, que terminou com a morte da brasileira Juliana Marins, relatou detalhes do momento da queda e fez um pedido público de desculpas. Em entrevista, ele contou que viu uma lanterna cerca de 150 metros abaixo e entrou em pânico ao perceber que Juliana poderia estar naquela posição. Mesmo desesperado, ele continuou tentando manter contato com ela, pedindo que não se movesse e prometendo ajuda.

Segundo o guia, Juliana só conseguia dizer ‘help me’ [me ajude, em tradução livre]”.

Musthofa afirmou que sempre teve esperança de que Juliana sobrevivesse e que gostaria de ter tido a chance de pedir perdão diretamente. Ele contou ter se reunido com o pai e a irmã da jovem na embaixada do Brasil, onde assumiu a responsabilidade e reiterou que fez o possível para salvá-la. O guia disse aceitar qualquer consequência, mesmo diante da revolta da família.

O encontro foi marcado por grande tensão.

Segundo Musthofa, o pai de Juliana disse: “Você matou minha filha”, e ele preferiu não responder. O guia também relatou que está proibido de voltar ao Monte Rinjani, mesmo como visitante, e que tem vivido recluso desde o ocorrido, aguardando a conclusão das investigações sobre o caso.

Emocionado, ele revelou que sente falta do vulcão onde atuava e que espera poder retomar as atividades no futuro. “Agora eu só fico em casa, vendo vídeos. Não sei o que fazer”, disse.

O caso continua gerando comoção nas redes sociais, enquanto a família da vítima cobra responsabilização e mais esclarecimentos sobre a tragédia.