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Herdeira da BASF rejeita herança de R$ 21,9 bi: “Não fiz nada para receber”

Marlene Engelhorn tem 30 anos e decidiu doar parte da própria herança milionária. Imagem: Marlene Engelhorn/Reprodução.

A austríaca Marlene Engelhorn, estudante de literatura em Viena e descendente dos fundadores da Basf, empresa química multinacional com receita de R$ 78 bilhões de euros, é herdeira de 4,2 bilhões de euros (equivalente a R$ 21,9 bilhões), mas rejeitou 90% do valor por acreditar que não ficaria feliz em ganhar a renda pela qual não trabalhou.

Ela faz parte da organização Milionários Pela Humanidade, que defende que os super-ricos sejam “taxados da mesma forma que os trabalhadores”. Quando a sua avó, Traudl Engelhorn-Vechiatto, falecer, a austríaca receberá o dinheiro.

Quando a mulher foi questionada sobre o que sua avó achou quando ela anunciou o que faria com o dinheiro, ela afirmou que a idosa “deu uma liberdade enorme de fazer o que quisesse”.

A declaração de Marlene foi considerada “polêmica”, e fez com que a bilionária fosse convidada para dar diversas entrevistas falando sobre taxar os mais ricos.

“Essa não é uma questão de querer, mas uma questão de justiça. Eu não fiz nada para receber esta herança. Foi pura sorte na loteria do nascimento. Uma coincidência”, disse em em entrevista ao canal alemão Orf 2.

“A sociedade não tem que contar com o fato de que os milionários vão ser benevolentes. Troco ideias com outras pessoas, aprendendo o máximo que eu posso para ver o que funciona e o que não funciona. Para mim, o comprometimento com a justiça de impostos é muito importante, porque isso é que determina como a riqueza vai ser distribuída”, continuou.

Em relação ao que fará com a parte recusada da herança, ela informou que ainda não tomou uma decisão.

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