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Herdeiro da RBS que atropelou três estudantes em Florianópolis não comparece a audiência

 

Do Notícias do Dia:

Sérgio Orlandini Sirotsky, denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso ao atropelar três estudantes na SC-402, em agosto do ano passado (uma vítima morreu) não compareceu na audiência de instrução e julgamento nessa sexta-feira (27) no auditório do Fórum da Capital. O advogado Nilton Macedo apresentou justificativa, arguindo que seu cliente está em tratamento médico em uma clínica.

O acidente ocorreu por volta das 5h30 do dia seis de agosto, próximo ao complexo Music Park, no Norte da Ilha. Sérgio Teixeira da Luz, Rafael Machado da Cruz e Edson Mendonça de Oliveira saiam da festa e se dirigiam para o ponto de ônibus aguardar um Uber quando foram atropelados, pelas costas, por um Audi A3 dirigido por Sérgio Sirotsky. Sérgio Teixeira da Luz morreu cinco dias depois no hospital e os demais colegas conseguiram sobreviver, mas ficaram com sequelas.

Na audiência de sexta, o juiz da Vara do Tribunal do Júri, Marcelo Volpato de Souza, interrogou 16 testemunhas de acusação. Nilton Macedo, que representou Sérgio Sirotsky, também fez algumas perguntas para as testemunhas.

Após os atropelamentos, Sérgio Sirotsky fugiu do local e abandonou o carro na SC-401. Dali, ele pegou carona com amigos até em casa. Quando foi ouvido na polícia, falou que vinha de uma balada e admitiu ter bebido uma dose. Sobre o acidente, alegou que deu “um branco”, não lembrando de mais nada.

Conforme o advogado Wilson Knoner Campos, assistente de acusação, que defende a família de Sérgio Teixeira da Luz, no dia 22 de agosto vão ser ouvidas as últimas duas testemunhas de acusação e as de defesa. “Nesta audiência deverá ser agendada a data do interrogatório do réu”, afirmou. Campos revelou que durante a instrução do processo pediu a prisão preventiva e o recolhimento do passaporte de Sirotsky, mas o juiz negou os pedidos e deferiu apenas algumas medidas restritivas, além do recolhimento noturno do acusado.

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PS: Em 2010, aos 14 anos, Sérgio filho e amigos estupraram uma garota de 13 num caso que foi abafado.

Elio Gaspari contou a história em sua coluna.

O que aconteceu no apartamento do garoto não se sabe com precisão, pois o inquérito policial e o processo correm em segredo de Justiça. Durante a investigação, quem devia preservar o sigilo permitiu que ele vazasse.

A jovem contou em seu depoimento que foi estuprada por um ou dois rapazes, ambos menores. Além do dono do apartamento, denunciou o filho de um delegado. Medicada num hospital, deu queixa à polícia e submeteu-se a um exame de corpo de delito. Nos últimos dez dias, o caso explodiu na internet.

A família Sirotsky publicou um comunicado informando a ocorrência do “lamentável episódio”, lembrando que “confia integralmente nas autoridades policiais”.

Para que se possa confiar mais nessas autoridades, o secretário de Segurança de Santa Catarina deve exonerar o delegado Nivaldo Rodrigues, diretor da Polícia Civil de Florianópolis. Numa entrevista gravada, ele disse o seguinte:

“Eu não posso dizer que houve estupro. Houve conjunção carnal. Houve o ato. Agora, se foi consentido ou não, se foi na marra, ou não, eu não posso fazer esse comentário, porque eu não estava presente”.

Sérgio Orlandini Sirotsky

 

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