Qualquer um que já leu uma obra ou um discurso de Hitler sabe de seu profundo ódio anticomunista. Para o ditador, o marxismo e as ideologias de classe deveriam ser exterminadas para que se implantasse um sistema verdadeiramente nacionalista, racista e corporativista, associado à ideologia de direita.
Porém, mesmo em sua época, muitos confundiam as políticas corporativas e autocráticas da proposta nazista com lógica planificadora do comunismo marxista.
Para Hitler, essa confusão era, no mínimo, hilária — em especial a falta de percepção e a deslealdade argumentativa dessa assertiva.
Ele chegou a escrever em seu best-seller Minha Luta: “Quantas boas gargalhadas demos à custa desses idiotas e poltrões burgueses, nas suas tentativas de decifrarem o enigma da nossa origem, nossas intenções e nossa finalidade! A cor vermelha de nossos cartazes foi por nós escolhida, após reflexão exata e profunda, com o fito de excitar a esquerda, de revoltá-la e induzi-la a frequentar nossas assembleias; isso tudo nem que fosse só para nos permitir entrar em contato e falar com essa gente.”
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