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“Homem Dragão”: Crânio chinês faz revelações sobre parentes extintos dos humanos

Crânio de Homo longi, encontrado perto da cidade de Harbin, na China. Foto: Reprodução

A análise de proteínas extraídas de um crânio de 150 mil anos encontrado na China pode esclarecer o mistério sobre os denisovanos, parentes extintos dos humanos modernos. O fóssil, conhecido como Homo longi ou “Homem Dragão”, apresenta características moleculares semelhantes às do DNA denisovano já identificado em fragmentos ósseos anteriores. O estudo, publicado na revista Science, reforça a hipótese de que muitos hominínios asiáticos dessa época pertenciam à mesma linhagem extinta.

A pesquisa utilizou a paleoproteômica, técnica que estuda fragmentos antigos de proteínas, os quais resistem mais ao tempo do que o DNA. Ao comparar essas proteínas com as de outros hominínios, os cientistas detectaram três alterações específicas da linhagem denisovana no fóssil.

Isso permite uma associação mais clara entre os fósseis encontrados no Leste Asiático e os denisovanos já conhecidos, cuja presença na Ásia foi descoberta por DNA em 2010. A confirmação pode levar à redefinição científica da espécie, com a adoção do nome Homo longi para os denisovanos. Esses hominínios, que cruzaram com humanos modernos, deixaram traços genéticos em populações atuais da Ásia e Oceania.