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Homem é baleado no peito e morre em ação policial na região da Cracolândia

Homem é baleado no peito e morre em ação policial na região da Cracolândia
Ruas da cracolândia vazias após ação policial 
Foto: Reprodução

Durante ação policial na região de São Paulo conhecida como “Cracolândia”, na noite desta quinta-feira (12), um homem em situação de rua foi atingindo por um tiro no tórax e faleceu. O caso aconteceu na Avenida Rio Branco, no Centro da capital paulista. Os tiros aconteceram por conta da ação da Policia Militar em conjunto com a Prefeitura Municipal de São Paulo, que tem como intuito dispersar as pessoas que residem na via.

Raimundo Nonato Rodrigues Fonseca Júnior de 32 anos, morava em albergues da região. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para a Santa Casa, mas acabou não resistindo. Ele tinha passagens policiais por roubo e tráfico de drogas.

“Precisa ser apurado de quem partiu o disparo. Se, inclusive, ele foi vítima de disparo feito por policiais durante a dispersão do fluxo da Cracolândia”, disse o advogado Ariel de Castro Alves, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais.

O caso foi registrado pela 2º Distrito Policial (Bom Retiro) como homicídio e será investigada pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). A Polícia Civil informou que as imagens estão sendo analisadas.

A operação que envolveu 650 oficiais retirou os dependentes químicos da Cracolândia da Praça Princesa Isabel, que se dispersaram em busca de novos locais, em regiões como Rua Helvétia, Alameda Barão de Piracicaba, Alameda Glete, Rua Mauá, Rua Barão de Limeira, Rua Barão de Campinas e Rua Conselheiro Nébias.

Segundo Helena Rodrigues, secretária executiva da Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD), as ações recentes violam os direitos dos moradores de rua da região.

“As pessoas presas em operações policiais são traficantes pequenos e o grande tráfico continua a acontecer na região. Por isso, as operações não resolvem o problema. É apenas uma justificativa para violar os direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade social”, afirmou Helena.

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