Homem é inocentado após 13 anos preso por crime que não cometeu

O crime ocorreu em 2011, quando duas pessoas foram mortas e outras duas ficaram feridas. Antônio foi apontado como mentor intelectual do homicídio, acusado de ter permanecido no local até a chegada dos executores, embora ele tenha sempre negado envolvimento, afirmando que havia saído para atender um telefonema sobre um imóvel.
A acusação se baseava apenas em relatos de testemunhas que “ouviram dizer” de sua participação, sem apresentar provas concretas. O primeiro julgamento, em 2015, ignorou as contradições e falhas no processo, resultando na condenação de Antônio.
A Defensoria Pública não foi notificada corretamente da sentença, o que impediu o recurso no prazo legal. Somente em 2020, a falha foi identificada, e o recurso foi reaberto. Em julho de 2023, o novo júri foi realizado, e a defesa, representada pela defensora pública Bruna Leite, demonstrou a falta de provas e a fragilidade das acusações. O Ministério Público também se manifestou pela absolvição, e o júri decidiu pela inocência de Antônio, corrigindo um erro que o manteve preso por mais de uma década.