Homem que jogou bomba em evento de Lula volta a dizer que “não houve explosão”

André Stefani Dimitriu de Alves Britto, acusado de jogar uma bomba caseira, com fezes, no evento de Lula no Rio de Janeiro no dia 7 de julho, sustenta a versão de que o artefato não explodiu. A defesa do réu alegou ao Ministério Público do estado que o crime de explosão não deveria ser considerado porque, segundo eles, “não houve explosão”.
Sendo assim, de acordo com essa versão, ninguém poderia ter sido ferido. Além disso, os advogados de André Stefani afirmam que os policiais “pegaram o homem errado”. José Maria Valle, da defesa, diz que o acusado estava apenas passando pelo local, segundo o Metrópoles.
A prisão preventiva do réu foi decretada com base em relatos de testemunhas que estavam no local e viram a bomba caseira sendo arremessada para dentro do evento. Até agora, o MP do Rio, que ofereceu denúncia à Justiça no último dia 17, tem apenas o relato dos presentes, mas pediu a quebra do sigilo telefônico de André Stefani e as imagens das câmeras de segurança para dar continuidade às investigações.
O órgão diz que é preciso apurar se o caso foi isolado ou se houve um mandante e, assim como a Justiça e a Polícia Civil, expressou preocupação com as eleições.
“Ainda que o denunciado não tenha manifestado preferência por qualquer possível candidato ao pleito, é importante que haja uma resposta dura a quaisquer atos que atentem contra a vida e a integridade física dos apoiadores de qualquer um dos possíveis candidatos com o fim de coibir novos atos desta natureza, bem como o recrudescimento da violência física, à medida que o pleito se aproxima”, afirmou o Ministério Público.
O artefato explosivo, feito de uma garrafa pet, segundo um dos seguranças do local, foi arremessado já aceso e estourou longe do palco. Com a fumaça, houve correria, mas ninguém se feriu. Os restos da garrafa foram recolhidos para análise pela equipe de bombeiros civis responsáveis pela segurança do evento. André Stefani foi preso em flagrante e, logo depois, sua prisão foi convertida em preventiva.