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Homem viveu um ano sozinho com gato em ilha remota

Bob Kull sentado em uma cadeira, com seu gato no colo, na Patagônia chilena – Foto: Reprodução

Bob Kull, hoje com 79 anos, viveu por mais de um ano isolado em uma ilha remota na Patagônia chilena, tendo apenas um gato como companhia. A experiência, parte de sua pesquisa de doutorado, foi marcada por desafios extremos, como frio intenso, umidade e a necessidade de improvisar soluções, incluindo a extração de um dente sozinho após um abscesso. Ele construiu sua própria cabana com madeira e lonas e dividiu o tempo entre reparos, pesca e meditação.

O norte-americano levou para a ilha comida, ferramentas e equipamentos, mas enfrentou longos períodos de solidão e introspecção. Kull diz que a experiência lhe ensinou sobre potencial humano, resiliência e aceitação. “A lição mais importante que aprendi foi a equanimidade: aceitar as coisas como elas são”, afirmou. Ele comparou essa aceitação ao clima, dizendo que, assim como não se pode controlar o tempo, também não se controla o “clima interior”.

Mesmo após retornar ao Canadá, Kull mantém o hábito de acampar sozinho em locais remotos. Para ele, a solidão é uma oportunidade de conexão consigo mesmo e com a natureza. A ilha que o abrigou, batizada de Última Esperança, se tornou um “lar” e um símbolo do aprendizado que obteve vivendo longe da sociedade, com apenas seu gato como parceiro.