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Horas antes de execução de Marielle, parte de batalhão da PM se negou a bater continência para general no Rio

Reportagem de Maria Cristina Fernandes no Valor Econômico.

Chefe de gabinete do general Braga Netto, interventor na segurança do Rio, o general Mauro Sinott, fez, na manhã de quarta, 14, uma visita ao 14º Batalhão da Polícia Militar em Bangu, zona norte do Rio, responsável pela região da Vila Kennedy, comunidade da zona norte do Rio escolhida como área modelo da intervenção. Quando o comandante do BPM, coronel Marcus Vinícius Amaral, deu ordem para a tropa, já perfilada, bater continência ao general, segundo na hierarquia militar da operação, uma parte dos policiais não obedeceu. O comandante só foi acatado depois de gritar “todo mundo” e, em seguida, “descansar”.

Menos de 12 horas depois da insubordinação policial, relatada pelos repórteres Carina Bacelar, Luã Marinatto e Renan Rodrigues, em “O Globo”, a vereadora Marielle Franco (Psol), seria executada ao deixar evento no centro do Rio em que discutira o aumento da violência contra mulheres negras. 

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O comando do general enfrenta, no entanto, forte reação. Policiais têm-se rebelado contra ações que minam sua sociedade com o crime, a começar de medidas simples e baratas como a disposição do comando militar da intervenção de mexer na sua escala de trabalho para aumentar o efetivo à disposição das operações. 

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Braga Netto: não demora muito e ele já estará mandando jornalista calar a boca