Hospital proíbe que investigação acesse prontuário de Klara Castanho

Após ser exposta, Klara revelou que foi vítima de um estupro, ficou grávida e entregou a criança para a adoção após o nascimento. Ela relatou que, ainda sob o efeito da anestesia do parto, uma enfermeira a ameaçou com o vazamento da sua situação.
O hospital que teria vazado informações da atriz Klara Castanho negou acesso ao prontuário de atendimento dela ao Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). O órgão apura uma possível infração ética praticada por um profissional que teria compartilhado as informações sigilosas referentes à artista.
Na última semana, o Coren-SP visitou o hospital em que Klara foi atendida e pediu cautela, “ainda que a sociedade aguarde respostas imediatas para o caso”. Segundo o Coren-SP, a justificativa dada pelo Hospital Brasil, que pertence à Rede D’Or e fica em Santo André (Grande SP), é que seria preciso uma autorização prévia da paciente, “seguindo o previsto em resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem”.
O conselho depende da liberação de documentos internos para prosseguir com a investigação dos fatos e identificação dos envolvidos. Em nota, o órgão afirma que “se põe à disposição da atriz, caso isso seja de sua vontade, para orientação quanto aos procedimentos para encaminhamento de apuração da conduta dos profissionais de enfermagem que a tenham atendido ou de autorização para acesso ao prontuário.”
Procurado, o Hospital Brasil disse que forneceu nome e registro dos profissionais que tiveram contato com a paciente e que “está colaborando e mantendo contato com todas as autoridades envolvidas na elucidação do caso desde o início da apuração dos fatos”. Já o Coren-SP afirmou que o hospital forneceu a escala dos profissionais das unidades materno-infantis, não a lista de quem atendeu Klara.