Huck sobre o dono do Madero, seu sócio, que apoia ato golpista: “Logo na primeira conversa, a sinergia ficou clara”

Do Glamurama:
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Durski tem cerca de 91% de participação na Madero, cabendo 5% para o apresentador Luciano Huck, que fez um aporte por meio de seu fundo Joá e estrela alguns filmes publicitários da rede, desses com cara de institucional e que exibem uma “narrativa”. No caso, a própria história da Madero, da família Durski, e as ações de benemerência da rede. “Logo na primeira conversa, a sinergia ficou clara”, disse Huck a PODER, por e-mail. “Tenho muito orgulho de dizer que sou sócio, entusiasta e cliente. Estamos construindo a maior e melhor cadeia de restaurantes do Brasil”, completou.
Huck associou-se à Madero no começo das especulações de sua candidatura a presidente, e Durski acredita que o sonho do global não morreu, apenas foi adiado. “Acho que em oito anos ele se candidata, e vira presidente”. Completa o quadro acionário o CFO da empresa, que controla com austeridade o fluxo de caixa e tem a missão de refrear os arroubos de Durski, que, como disse à reportagem, “gosta de correr riscos”.
Não deixa de ser uma ironia que Durski, avesso à política, tenha encontrado um sócio que por pouco não se tornou um postulante ao palácio do Planalto. Para o cargo não demonstra qualquer simpatia pelo candidato de seu estado – “Alvaro Dias é velho, sem energia, está mais preocupado com sua próxima plástica” – e, na verdade, por qualquer outro, embora cite en passant João Amôedo, do Novo, alguém que “talvez pudesse fazer sentido”. Encampa com fervor, contudo, algumas ideias e posições professadas por Jair Bolsonaro, como o direito de a população se armar e o desdém pelo “pessoal dos direitos humanos”. Para ele, com efeito, “a pior profissão do Brasil é policial, que pode tomar tiro, mas não atirar”.
Na mesma toada, lastima a existência do Bolsa Família, programa que tende a anular o “empreendedorismo nato do brasileiro”. Para terminar atirando, registre-se que Durski adora caçar esportivamente, atividade ilegal no Brasil, mais uma razão para chamar o país de “idiota”. Três dias depois da entrevista com a PODER ele estava no Uruguai atirando em patos, mas, com a chuva que caía no paisito, o balaio voltou vazio. “Matamos meia dúzia, e o normal é matarmos uns 70, 80. Mas valeu pelo churrasco.”
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