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Idoso vive 40 anos com identidade roubada e é dado como morto por engano

O verdadeiro Antônio Fraga (esq) e a identidade antiga dele com a foto de outro homem (dir) – Foto: Reprodução

Um idoso de 73 anos de Belo Horizonte, Minas Gerais, enfrentou mais de um ano de batalha judicial para provar que está vivo após ser erroneamente declarado morto. Antonio Fraga descobriu, em 2024, que seu CPF havia sido cancelado e a aposentadoria suspensa porque outra pessoa, que usava seus documentos há cerca de 40 anos, morreu e teve o óbito registrado em seu nome.

A investigação revelou que José Anastácio da Silva utilizava os dados de Antonio desde os anos 1980, após encontrar uma via perdida do seu RG. O impostor chegou a abrir uma empresa, teve filhos e viveu sob o nome de Antonio até morrer em setembro de 2023. Com a morte, o cartório registrou o óbito com os documentos falsos, o que levou ao cancelamento automático do CPF de Antonio.

A Justiça de Minas Gerais reconheceu a fraude e determinou, em 18 de junho de 2025, o cancelamento da certidão de óbito equivocada, além da regularização dos documentos de Antonio. “Ser honesto é mais difícil que ser bandido nesse país”, desabafou o aposentado.