Idosos LGBT poderão ter centro de convivência em São Paulo

Da Folha:
A professora aposentada Dora Cudignola, 67, se assumiu lésbica na década de 1980, época em que, como ela conta, poucas mulheres tinham coragem de sair do armário.
“Havia poucos lugares para encontros, para dançar, para beijar. Se eu pegasse na mão de uma namorada, não sabia o que poderia acontecer”, diz. “Se hoje há violência contra homossexuais, imagina lá atrás.”
Cudignola havia acabado de se separar do marido, com quem ficou por dez anos e teve uma filha, que também veio a se assumir lésbica. Recebeu apoio de outras mulheres engajadas na causa LGBT e, de forma bem mais discreta e menos pública, de familiares.
Mais de três décadas depois, a professora fala abertamente sobre a sua sexualidade, inclusive nas redes sociais. A aceitação da sociedade, contudo, não teria avançado na mesma velocidade. E ela agora tem que lidar com um elemento a mais: “Já existe um preconceito por ser lésbica. E, de repente, aparece outro, por ser idosa”.
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