Igreja descarta punição a padre Julio Lancellotti por participação no filme sobre santa

A Arquidiocese de São Paulo descartou punir o padre Julio Lancellotti por participação em filme que faz releitura da história de santa. A instituição recebeu dezenas de pedidos para que ele fosse punido e até excomungado. A informação é da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
O religioso foi narrador do curta-metragem “São Marino”, obra que faz uma releitura da história de santa Marina com uma ótica LGBTQIA+. O comando da arquidiocese trata o assunto como encerrado e já descartou qualquer tipo de punição.
A santa era uma jovem que não tinha mãe e que, para continuar a viver com o pai, decidiu ingressar em um mosteiro disfarçada de monge. O gênero só foi descoberto após sua morte.
“Nunca falei que a santa era LGBT. A minha narração é a narração oficial da história da santa Marina”, explicou o padre. Ele ainda aponta que o documentário é responsável pela interpretação e que manteve a narração da história relatada pela Igreja Católica.
“No tempo dela não existia essa nomenclatura e é difícil aplicá-la hoje. Existe um fato concreto, que é relido por determinados grupos”, prosseguiu.
Na semana passada, a Arquidiocese de São Paulo publicou uma nota criticando a obra, dizendo que a história dos santos “não pode ser interpretada à luz de ideologias que em nada correspondem com o contexto em que viveram”.